Meu avô herói!

Tudo aconteceu em 1960, minha mãe tinha 14 anos, e naturalmente eu ainda não existia! Meu avô era maquinista da Rede Ferroviária. Ele estava levando passageiros para a cidade de Paranaguá. Um caminhão tanque de gasolina, havia acabado de ser abastecido, na cidade de Morretes, minha cidade natal e onde meu avô morava. Ao atravessar o trilho, o caminhão parou e o trem estava vindo, bateu e explodiu, a máquina estava em chamas, porém ele só parou, quando todos os passageiros passaram pelo fogo são e salvos, meu avô se jogou pela janela todo queimado e por azar, trincou a coluna ao cair.

Minha mãe contou que minha avó, viu de longe a fumaça e se perguntou, o que teria acontecido? As pessoas que viram, foram correndo contar para ela, que ao saber passou mal! Meu avô foi levado para o pronto socorro de Curitiba, meu tio Garibaldi quando o viu na cama do hospital chegou a desmaiar.

Graças a Deus, ele conseguiu se recuperar muito bem e voltou para o trabalho, ficaram as marcas que eu vi em seus braços e mãos, mas eu sabia que ele não precisava ter feito aquilo, arriscando sua própria vida, porém na hora ele pensou apenas nos passageiros, que não sofreram nenhuma queimadura. Ficaram agradecidos e naquela época meu avô foi considerado um herói.

Alguém muito especial chegou a morrer para que vivêssemos eternamente, assim como tenho um carinho muito especial pelo meu avô, imagine o que eu sinto por Jesus! Meu eterno herói, um dia vou olhar para as palmas de suas mãos e ver as marcas do cravo, seu lado, seus pés e sua fronte, marcas que ficarão para sempre, para nunca esquecermos o plano da salvação.